terça-feira, 11 de abril de 2017

Oposição ainda não fixou candidato para 2018 no RN


Oposição ainda não fixou candidato para 2018 no RN
Restando exato um ano e meio das eleições de 2018, a oposição ainda não conseguiu fixar uma candidatura para o governo do Estado. O grupo que foi derrotado na campanha eleitoral passada, capitaneado pelo ex-ministro Henrique Alves (PMDB), ensaia alguns nomes para a disputa de governador, a exemplo dos nomes do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), e o do desembargador do Tribunal de Justiça do RN Claudio Santos (ainda sem partido), mas não há projeto fixo ou sendo desenvolvido.
>> Ruptura. Além de não ter um nome certo a disputar o governo do Estado em 2018, o grupo político liderado pelo ex-ministro Henrique Alves apresenta algumas rupturas, como no caso do deputado estadual Kelps Lima, presidente do Solidariedade, e de legendas como PR, do ex-deputado federal João Maia, e PSDB, dos deputados federal Rogério Marinho (PSDB) e estadual Ezequiel de Souza (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa. Nesses três exemplos, há distanciamento.
>> Capital político. Enquanto isso, o governador Robinson Faria continua dedicado ao mandato administrativo, sem fazer política ainda. Pelo menos a olhos vistos. Isso não significa que não vá forte para o jogo eleitoral de 2018. O que o chefe do executivo está fazendo agora, em termos de gestão, se transformará em capital político.
>> Aberta. Robinson ainda não armou a sua chapa, composta de um candidato a vice-governador e de dois a senador. Companheiro leal na campanha e na administração, não há sinais de que o governador não repita Fábio Dantas como vice. Pelo contrário, Fábio reforça o palanque de reeleição. Tanto como estrategista, quanto como político.
>> Jogo jogado. Segundo analista ouvido pela coluna, o fato de Robinson não ter apresentado sua composição política está brecando as composições adversárias. Somente a partir do momento que o líder maior do Estado apresentar sua chapa completa que o jogo começará a ser jogado de fato.
>> Senado. Para o Senado, há duas áreas em aberto no sistema governista. Até agora, o governador não fixou compromisso com nenhum grupo ou nome. Há pessoas que podem ser convidadas, segundo assessores próximos, mas, da parte de Robinson, ainda não há nome concreto.
>> Petistas. O PT deverá apresentar uma candidatura a governador. Especula-se ser a senadora Fátima Bezerra ou outra liderança. Diante do desgaste do PT, o propósito do partido poderá ser apenas marcar território nacional, principalmente se Lula for candidato. No RN a legenda também deseja retomar a vaga de deputado federal, perdida na eleição passada.
>> Nacional. Já o cenário nacional é visto como “turbulento” e não deixa “ninguém” da classe política em paz. A própria classe política está “fora de sincronia”. As reformas passam com dificuldade no Congresso Nacional. Com início do julgamento da chapa Dilma/Temer no TSE, vai complicar mais ainda o jogo.
>> Doria. Sobre o aparente furacão Joao Doria, prefeito de São Paulo visto já como candidato do PSDB a presidente da República em 2018, ainda é cedo para avaliar. São apenas 90 dias de gestão na maior cidade do país. Portanto, até agora, mais marketing do que gestão, já que os resultados de sua administração só serão mensurados mais para adiante, através de índices de avaliação.
>> O empresário Flavio Rocha, do grupo Guararapes/Riachuelo, escreve artigo neste domingo, em que cita a Lei de Terceirização como “essencial” para o Rio Grande do Norte. Voltado para o foco nacional, onde atua junto a grandes questões federais, chama a atenção o texto tendo como objeto o Estado. Flavio tem sido citado como postulante a presidente da República pelo partido Novo. Aqui, há quem pense que ele poderia disputar o governo estadual. Flávio já foi deputado federal pelo RN nos idos dos anos 80/90.
>> Emendas. Após a aprovação massacrante da semana passada – foram 21 votos contra 4 –, os vereadores de Natal devem aprovar, em segunda discussão, nesta terça-feira, a matéria que autoriza o Executivo Municipal a sacar R$ 204 milhões do Fundo de Previdência dos Servidores, a cargo do Instituto de Previdência de Natal (NatalPrev). A bancada do tipo “rolo compressor” do prefeito Carlos Eduardo (PDT), entretanto, atua para evitar que articulações paralelas entre vereadores resultem na aprovação de emendas que possam desvirtuar o projeto.
>> Estelionato. Para o deputado estadual Fernando Mineiro (PT), que disputou a Prefeitura em 2016, o prefeito Carlos Eduardo pedetista deveria “pedir desculpas” à população de Natal. “Em vez disso, ele fica transferindo responsabilidades. O prefeito Carlos Eduardo deveria se desculpar pelo estelionato eleitoral que ele cometeu ao enganar as pessoas na campanha eleitoral”, disparou o parlamentar, em entrevista ao Agora Jornal na última sexta. Mineiro lembrou que, durante o pleito no qual Carlos Eduardo tentou a reeleição, o chefe do Executivo “dizia que a Prefeitura estava em uma situação de estabilidade”.
>> Ingratidão. O vereador Fernando Lucena (PT), por sua vez, declarou que o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), é “ingrato” ao criticar os governos do PT no país. Segundo ele, diversos investimentos ocorridos durante a gestão do pedetista foram resultado de parcerias com as administrações de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff na Presidência da República. “As unidades básicas de saúde, obras de viaduto e drenagem, construção do Mercado das Rocas… foram feitos devido a parcerias com o Governo”, ressaltou o petista.

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